quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Grandes Gênios da Fórmula 1: Jean Todt

O que fez: Um time dos sonhos. Um dos maiores personagens da história da Ferrari.

Em Julho de 1993, Jean Todt chega à equipe de Maranello, desmoralizada pelas concorrentes inglesas Williams e McLaren e sem vencer campeonatos há 16 anos. Tivera pilotos talentosos, como Alain Prost, o professor e Nigel Mansell, mas na hora do vamos-ver, a Rossa amarelava.

Todt chegou a equipe com a fama de ser o homem certo para tirar a equipe de tal situação, devido à sua enorme capacidade de sobressair-se em missões consideradas impossíveis.
Ex-navegador de carros de rally e, posteriormente, equipes de competição, reinou na equipe Peugeot e obteve vitórias consagradoras no mundial de rally e nas 24 horas de Le Mans.

Poderia continuar na estabilidade que o time francês lhe dava, tendo um emprego tranqüilo, mas, movido pelo desafio, aceitou a proposta italiana para montar um time competitivo em torno da máquina Ferrarista. Suas idéias tinham como bases o piloto mais rápido, o melhor projetista e um estrategista racional.

Sendo aceito por Montezemolo que deu-lhe todo o respaldo necessário, foi atrás de Michael Schumacher, Rory Bryne e Ross Brawn, o trio que ajudou a Benetton a vencer em 1993 e 1994.

Jean Todt, o matemático, gosta de sempre estar atento à todos os detalhes a sua volta. Por exigência de Montezemolo, deveria centralizar toda a gestão da equipe em torno de si, antes de delegar funções. Todt, assumindo uma postura de capitão, organizou seus homens de modo a maximizar seu rendimento, atento a ações dentro da agora, “sua” equipe. E todo o trabalho passou a transformar-se em resultado a partir do GP da Bélgica, em 1996, quando Michael Schumacher levou a equipe à vitória.

Sempre bem informado sobre o que se passa ao seu redor, conseguiu o apoio da Bridgestone como um jogador de xadrez, e fez entrar um bom dinheiro no caixa quando assinou contrato com a Vodafone, empresa de telefonia. Faz questão de inspirar respeito e lealdade aos que estão ao seu lado. Sempre deixou claro que jamais admitiria quebras de hierarquia ou divisões internas. Quem já cometeu alguma besteira prejudicando seu trabalho, pôde perceber o humilhante tom de voz com o qual foi tratado por Todt.

Na última temporada foi triunfal, vencendo o mundial de construtores após a desclassificação da McLaren, e um inacreditável mundial de pilotos, por Kimi Raikkonen, mostrando que o time do cavalinho rampante poderia sobreviver sem Michael Schumacher. Resta saber por quanto tempo.

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