quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Grandes Gênios da Fórmula 1: Michael Schumacher - Parte I


Do início da carreira de um dos maiores pilotos da história da F1 ao bicampeonato pela equipe Benetton.


No dia 3 de janeiro de 1973, o pequeno Michael fazia quatro anos e ganhou de seu pai um presente que viria a fazer o garoto tomar gosto pela velocidade: um kart. Na verdade, era uma geringonça com motor de aspirador de pó, pedais improvisados e tanque de lata. O novo veículo que seu pai construíra, iria deixar o pequeno Michael Schumacher muito feliz, ao alcançar a velocidade máxima de 45 km/h.

Porém, Schumacher sequer sonhava em ser automobilista e nem tinha condições financeiras para isto. Apaixonado por futebol, na escola contava vantagem: aproveitava o fato de ter “Schumacher” em seu sobrenome e dizia que Schumacher, o goleiro alemão, era seu tio. Michael Schumacher só queria saber de jogar futebol, mesmo.

Aos 14 anos passou a pensar em automobilismo e demorou a levar sua carreira em diante. Profissionalmente, passou a competir somente aos 22 anos e não era considerado um fenômeno quando visto pela primeira vez por Willi Weber, que futuramente se tornaria seu empresário. Apenas destacava-se um pouco em relação aos outros por ter alguma técnica, e isto garantiu-lhe ter sua carreira na F-3 financiada por Weber.

A partir daí, nascia o campeão, que anos mais tarde, mais precisamente em 1991, viria a assombrar o mundo, substituindo Bertrand Gachot que fora preso, após ter envolvimento em um “acidente de trânsito”. Schumacher fez o 7° tempo na classificação sem jamais ter andado em Spa-Francochamps à bordo de um Fórmula 1. Apenas tinha a ousadia de fazer a Eau Rouge sem levantar o pé do acelerador.

“Quando vi aquilo, pensei: esse cara vai ser duro de encarar” (Andrea de Cesaris)

Impressionado com o desempenho do novato, Flavio Briatore despediu o piloto brasileiro Roberto Pupo Moreno e tratou de contratar Michael Schumacher, para fazer dupla com o também brasileiro Nelson Piquet, tricampeão, na equipe Benetton.

Nas temporadas de 1992 e 1993, Schumacher venceu duas corridas, terminando a temporada em terceiro e quarto, respectivamente.

Em 1994, viria o tão esperado título mundial. Venceu após diversas polêmicas, em meio à mortes na pista (Senna e Ratzemberger), gravíssimos acidentes, devido ao banimento de ajudas eletrônicas, investigações a um controle de tração ilegal, utilizado pela equipe Benetton, que além disso estava abaixo da altura permitida e possuía um sistema de abastecimento irregular. Mas, uma das cenas mais marcantes da temporada, foi uma controversa manobra, onde Michael colidiu com Damon Hill no GP da Austrália e levou o título. Posteriormente, tal atitude viria a tornar-se uma mancha em sua carreira.
No ano seguinte, Schumacher é bicampeão com relativa facilidade.

(continua...)

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